sábado, 24 de junho de 2017

#Resenha #110: Unlocked, Karen Kingsbury

E aí, gente, tudo bem?
Como está as leituras??
Eu li bastante nesse sabadão! \o/
E hoje, tem resenha de um livro que amei, mas que me deixou triste na mesma medida.
Confira!


Unlocked, da autora americana Karen Kingsbury, é um livro emocionante, jovial e muito perturbador. Mas não se deixe enganar pela premissa, nem pelo personagem principal. E sim, pelos personagens secundários, que mostram uma parte miserável e inquietante da vida humana.

Começo a resenha assim, pois, Unlocked retrata a vida de Tracy, Dan e Holden Harris.
Tracy trabalho num mercado, no horário em que o filho Holden, está na escola especial para autistas. Holden é autista, foi diagnosticado com a doença quando tinha 3 anos. Nunca mais foi o mesmo. A criança doce e vivaz que era, perdeu-se, trancafiou-se dentro de si mesmo. Passando então, a ser um jovem quieto e preso em seu mundo, sem olhar nos olhos das pessoas, sem falar, sem tocar nada. Muito raramente, Holden apresenta um de seus cartões ilustrados com frases curtas à mãe, para pedir algo que quer e/ou lhe está incomodando.

Tracy é devastada por toda esta situação. O marido, Dan, foi virar pescador no Alasca, devido a tamanha dor e sufocamento que sentia em conviver com a mudança drástica do filho.

Os pais de Ella, a melhor amiga de infância de Holden, filha da melhor amiga de Tracy, foi separada dele pelos mais dela, quando souberam da doença, com medo de prejudica-la.

Eu amo demais os livros da Karen Kingsbury, e esse, foi incrível e ao mesmo tempo, dolorosíssimo.

Ver o quanto a Tracy e as demais pessoas que se importavam com o Holden sofrendo com sua falta de comunicação e comportamento estranho, foi difícil e ao mesmo tempo, muito bom para compreendermos mais as pessoas que passam pelo autismo - sejam elas portadoras ou parentes.

Como eu disse, o Holden não fala com ninguém, estuda na sessão para crianças e adolescentes especiais da escola, e faz algumas coisas estranhas, como flexões, quando está muito nervoso.

E é aí, que a Karen acertou em cheio. Deu pra ver a ótima pesquisa que ela fez ao escrever esse romance. O Holden entende tudo perfeitamente ao seu redor, e suas atitudes têm seus porquês, o que a gente vai descobrindo ao decorrer da trama.

E gente, isso é sensacional! E mostra, o quanto nunca devemos julgar ninguém pelas aparências, ou até pelas doenças que a pessoa possa ter.

Ah, deixo claro que eu falei doença para o autismo, peço desculpas se está errado, mas eu não sei bem como falar, cada pessoa/psicólogos da área, falam de um jeito, doença, transtorno, etc. Enfim, o mais importante foi a mensagem que o livro deixou. Que acima de tudo, autistas são pessoas que têm sentimentos e vontades normais, que entendem as coisas, entretanto, são fechados em seu mundo a parte. Tendo assim, sua maneira especial e única de ver as coisas e de se expressar.

A autora também explorou outros campos, que gente, o que foi aquilo?!!!!

O Holden é tido por algumas pessoas na trama como "louco". Pois é, triste, mas é a realidade, não só no livro, como na vida real também. :(

E a autora, mostrando seus pensamentos, nos comoveu com um rapaz tão bondoso, alegre e prestativo como ele,  e como nos colocou cara a cara com o que é considerado "normal".

Na trama, são explorados vários adolescentes, já que estudam na mesma escola, e tem a mesma idade 18 anos, e todos, inclusiva a Ella, que tem seu reencontro com o Holden, tem diversos problemas SÉRIOS E QUE PRECISAM SEREM TRATADOS, muito piores que o autismo.

Julgam o Holden, por ser autista. Mas por dentro, estão dilacerados e precisando de tratamentos urgente.

Mal caratismo, criminalidade, falta de comunicação e baixa auto-estima causada pela falta de presença e abandono da família, depressão e diversos outros problemas seriíssimos!

Como o que um personagem secundário sofreu. Um dos meus personagens preferidos acabou cometendo suicídio de forma brutal, e o pior, enquanto morria aos poucos, ele se arrependeu, mas já era tarde mais.

Que dor pra mim foi ver aquilo!

Como eu disse, o livro retrata o quanto não devemos ter preconceitos com autistas ou contra qualquer outros problemas/doenças, e que autistas são pessoas incríveis e superinteligentes.

E também, o quanto as pessoas tidas como "inteligentes demais", "talentosas", "donas do mundo", podem estar em deterioramento por dentro. Precisando de uma ajuda total, para não transformar-se em adultos insensíveis, sem caráter, inseguros, etc., ou, muito pior: podem vir a tomar cabo de sua própria vida.

É um livro cheio de reflexões e lutas. Cheio de emoções e muitos milagres acontecem na vida do Holden, que nossa, se mostrará um artista e tanto!

A amizade dele e da Ella, também o ajudará muito, além da fé. Tornando-o uma pessoa mais aberta. Convivendo com o autismo da maneira mais normal e feliz possível. 

Como já citei, as pessoas tidas como "normais", todas, têm muitos problemas. O que foi bom mostrar, só que me deu raiva que o livro terminou e muitos desses problemas não foram solucionados, nem tiveram um final completo. Fiquei bastante curiosa e revoltada com isso, rsrs

Unlocked é um livro muito bom. Com uma linguagem voltada pro público adolescente, nos ensina e choca com a realidade triste e dilacerante que muitos adolescentes vivem: uns por serem julgados e sofrerem tantas violências e discriminações; outros, por se fazerem de valentões, enquanto morrem por dentro.

Eu amei demais essa leitura. Li ele no kindle e foi bem rápido, apesar de ser grandinho.
Embora eu ainda esteja chocada com a cena do suicídio e esteja orando para todas as pessoas que estão nesta situação!
Não tirem suas vidas! Pois nenhum obstáculo nem ninguém, é maior que a capacidade e o amor que Deus deu pra você! Você é muito especial!  ♥
Pensem nisso!
Amem mais, e julguem menos! ;)



Essa é a terceira resenha de Junho do Desafio Literário Livreando 2017.
Da opção: um livro com casal na capa.
Saiba mais sobre o Desafio do querido blog Livreando, CLICANDO AQUI!

Beijos,
Ana M.

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